quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ei-bi-ci, beabá e a linguagem do alunte

La em pindorama, terra brasilis e Aby Ayala, tem um reino onde o presidente é um sapo com barba que fazia espadas e máquinas de movimento. Tem um outro onde os gorilas acordaram o rei de pijamas e querem andar no tempo pra época dos germânicos verdes. Tem um outro que o índio que criava a folha mágica usa um monte de imagem pra lembrar às pessoas que elas existem.
Lá, a gente ouve a paisagem, sente o cheiro da música e vê o odor das plantas. Aqui, com lápis e papel, eles aprendem uma lingua que diz muito pouco para os cheiros. Uma fala que diz pouco para os olhos e que não sabe dizer com o corpo.
A princesa plebéia, malandra como é, sabe os dois. A língua simples dos patrícios e a linguagem confusa dos plebeus. E assim, vai ficando esperta em como sentir e em como explicar, sem perder nenhum dos dois talentos.

(primeira lição de casa - aprendendo a desenhar letras!)

... mas só na língua dos plebeus se entende a linguagem do alunte! ...

Be-o-bó-le-a-la, bola
Te-é-té-le-a-la, tela
A-te-é-té-le-a-la, a te lá
Te-Lê-a-la-le-e-lê-li, lua
Re-a-rá-rê-e-ré-rê-e-ri, rua

Aí já é alunte
Semelhante dela ouvir
Porque não temos tempo
Pra esses papos pensados

Estamos na linguagem do alunte
Palavra nova que dispensa explicação
Pra lá, muito pra lá de alucinação
Ter que dizer nada

(os novos baianos) ;-)